De trem é rapidinho! Explorando o Japão
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De trem é rapidinho! Explorando o Japão

A melhor forma de explorar o Japão é andando de trem, além de ser divertido experimentar o passeio de trem bala, é extremamente pontual e super confortável. Só um problema: é caro para o nosso padrão brasileiro.

Mas, existem formas de achar um bom custo x benefício, e a melhor delas é o Japan Rail Pass. Você compra o ticket escolhendo a quantidade de dias que pretende utilizá-lo e pode usufruir da maioria dos trens no país, de forma ilimitada, pelo período adquirido. Só um detalhe, é preciso comprar o JR Pass fora do Japão, normalmente em agências de turismo, pois ele não é vendido dentro do país.

Nossa primeira parada foi em Nagoya, situada entre Tóquio e Quioto. Nagoia é considerada o maior centro econômico da região central do Japão, sendo classificada como a terceira cidade mais rica do país, atrás de Tóquio e de Osaka. Não é para menos que sua arquitetura moderna e criativa chama a atenção. No centro da cidade, há uma roda gigante na frente de um dos prédios.

Há, também, o complexo chamado Oasis 21, que além de ser uma estação de onibus, é um local com vários restaurantes e lojas. Seu teto é uma grande estrutura oval, toda de vidro, e por dentro desse vidro tem água, para criar um efeito visual diferente e refrescar a temperatura. É um local famoso por ter muitos shows durante o verão.

Uma das principais atrações da cidade é o Castelo de Nagoya, construído em 1610 por Tokugama Ieyasu. Foi residência das mais importantes famílias japonesas e também utilizado temporariamente como castelo do imperador durante a Era Meiji (1868). Infelizmente, o castelo foi complemente destruído durante a Segunda Guerra Mundial, perdendo a maioria dos objetos de valor, sendo que sua reconstruição foi finalizada no ano de 1959. A visita foi mais interessante pela história do local do que pelo lugar em si, já que tudo é uma reconstrução de como era antigamente.

Em Nara, passamos o dia no parque da cidade. Dentro do parque é possível visitar quatro locais que são Patrimônios Culturais da UNESCO, com origem no século VIII. São 3 templos (Todaiji Temple, onde tem uma estátua do Buddha enorme, Kofukuji Temple e Kasuga Taisha Shrine), todos com jardins fascinantes ao redor. Além disso, o parque é repleto de veados, sendo que são mais de 1.200 passeando livremente junto com os visitantes.

Diz a lenda que quando Kasuga Taisha Shrine foi fundada, a família Fujiwaras, que pertencia a aristocracia dominante na época, convidou o Deus de Kashima Shrine para vir a cidade, e este disse que viria à Nara montado em um veado branco. Desde então, o animal passou a ser respeitado e protegido como um mensageiro divino.

Durante a noite, fizemos um passeio em Osaka. Chegamos na cidade já próximo do pôr do sol. O templo que queríamos ir já estava fechado, então resolvemos somente caminhar pela cidade. Osaka é uma cidade moderna, assim como Tokyo e Nagoya. Como era aniversário do Mau, estávamos procurando um lugar para jantar e acabamos indo parar na Universal Studios Japão. Apesar de chegarmos com o parque já fechando, foi divertido passear pelo City Walk e jantar por lá.

Quioto foi eleita nossa cidade favorita no Japão. Lá, é possível mergulhar na cultura japonesa, visitando os diversos templos maravilhosos espalhados pela cidade, passeando nos seus jardins coloridos e encontrando homens e mulheres vestidos com seus tradicionais quimonos nas ruas. Tem muita coisa legal para fazer na cidade.

O Templo Kinkakuji é conhecido como templo de ouro, e o Fushimi Inari Shrine é um templo dedicado à Inari, Deus da prosperidade, local onde há mais de 10.000 portais vermelhos, chamados de “torii gates”, subindo pelas montanhas ao redor do templo.

Além da região charmosa de Arashiyama, onde é possível encontrar o chamado “Bamboo Path” (caminho de bambus), há também o Ginkakuji Templo, que tem uma vista muito legal de toda a cidade.

Em Hiroshima, nosso dia teve início com a visita ao Peace Memorial Park e ao Hiroshima Peace Memorial Museum. Relembrando um pouco de história, a cidade foi totalmente destruida com a bomba atômica em 1945, que marcou o ínicio do fim da Segunda Guerra Mundial. As bombas que atingiram Hiroshima e Nagasaki mataram pelo menos 129.000 pessoas.

O Museu é impactante e trás objetos que restaram daquela época, desde roupas de crianças até fios de cabelo e unha de pessoas que morreram com a radiação. A maquete com o que restou da cidade após a bomba também supreende. O Museu fica dentro do Parque da Paz, que também tem um Memorial em homenagem às vítimas, e fica ao lado do  “A-Bomb Dome”, a única estrutura mantida na cidade após o ataque com a bomba atômica.

Nós queríamos muito passear por um daqueles típicos jardins japoneses e, em Hiroshima, encontramos um perfeito: o Shukkeien. Criado em 1620 por Nagaakira Asano, como parte de sua vila, foi reconstruído após a bomba atômica. Foi uma ótima supresa encontrar um lugar tão lindo como este no meio da cidade, próximo ao Castelo de Hiroshima, que também vale a pena a visita.

Miyajima é uma pequena ilha que fica a menos de 1 hora da cidade de Hiroshima. É uma cidade famosa pelo portal gigante (torii gate), que na maré cheia parece estar no meio do mar. Lugar tranquilo e romântico, deu até vontade de passar a noite por lá, mas não estávamos com nossas malas e já tínhamos reservado o trem para voltar. Quem sabe uma outra vez!

Nossa última parada foi em Shizuoka, para ver o Monte Fuji, mas já adianto que essa não foi a melhor escolha. O Monte Fuji fica entre os municípios de Shizuoka e Yamanashi, mas tem vários pontos legais para observá-lo. Claro que vimos o Monte Fuji e ainda bem de pertinho, mas não foi um bom lugar para aquelas lindas fotos que vemos na internet. Muitos vão para Hakone para ter uma vista melhor, mas o lugar mais recomendado é a região dos 5 lagos, ao norte do Monte, chamada de Fuji Five Lakes ou, Fujigoko.

Parece que ficamos um mês no Japão, mas não! Fizemos tudo isso em dez dias, graças à ótima malha ferróviária, ao divertido trem bala, e ao nosso Japan Rail Pass de sete dias. Definitivamente, é a melhor forma de explorar o país. Ainda ficamos com o gostinho de quero mais, pois há muitas cidades próximas à Tóquio que são bacanas para passar o dia, mas estas ficarão para uma próxima vez!

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