Mais do que o agito de Las Vegas, a badalada cidade de Los Angeles e o charme de São Francisco, nossa viagem pela costa oeste dos Estados Unidos se destacou pela visita aos grandes parques nacionais americanos.
Fomos ao Grand Canyon, no estado do Arizona, e ao Parque Nacional de Yosemite e ao Parque Nacional das Sequoias, na região de Sierra Nevada.
Claro que conhecer Los Angeles, Santa Bárbara, Carmel, São Francisco, ou dirigir até Las Vegas vale a pena, mas para quem adora a natureza, ou tem bastante tempo ou já conhece esses lugares, vale investir na visita aos Parques. São em lugares como estes que a gente se impressiona com a grandiosidade da natureza e com boa organização e ótima infraestrutura, fazendo com que o passeio fique ainda mais prazeroso.
Em todos os parques é copada uma taxa de US$ 30,00 por veículo e vale por 7 dias. Você também recebe um mapa e um jornalzinho com o que está acontecendo no parque. Todos eles têm centros de visitantes muito bem estruturados e placas sinalizando os caminhos. Além disso, há orientações sope espécies ameaçadas e cuidados para preservar o meio ambiente de cada um desses lugares tão incríveis.
Parque Nacional do Grand Canyon e Antelope Canyon
Já imaginou conhecer o Grand Canyon com neve? E ai, você me pergunta, mas neva no Grand Canyon? Pois é, a gente também não sabia, mas pudemos conhecer o cânion mais famoso do mundo não só com neve, mas com a maior nevasca. Deu até um frio na barriga quando chegamos no parque e a neve se intensificou de forma tão rápida que tivemos que esperar um pouco para sair do estacionamento.
O Parque Nacional do Grand Canyon fica de 4 (entrada sul) a 5 horas (entrada norte) de Las Vegas. Como era inverno, optamos pela entrada sul, pois a norte pode ser fechada no caso de muita neve.
O parque é gigante e tem uma boa infraestrutura com hotéis, cafés, restaurantes e diversas atividades. É preciso circular de carro lá dentro ou deixar o carro em algum dos estacionamentos e pegar os ônibus gratuitos oferecidos pelo parque.
No primeiro dia, chegamos no parque quinze minutos antes do pôr do sol. Apesar da luz do dia ficando mais rosada e escura, foi o suficiente para nos impressionar. Tanto é que resolvemos voltar, empolgados para ver o nascer do sol que supostamente sairia de trás do cânion. Mas como a quantidade de neve que estava caindo no dia seguinte, a visibilidade para ver o cânion ficou muito ruim; aquela sensação que não sabe descrever se é sorte ou azar, já que é raro nevar por lá. No entanto, as partes que conseguíamos ver cobertas pela neve ficavam ainda mais incríveis.
Para quem vai à Las Vegas, é muito comum ver passeios que levam para o Grand Canyon, mas muita gente compra esses passeios sem saber exatamente o que vão conhecer. Como o próprio nome diz, o cânion é enorme e a parte que fica mais perto de Vegas, na minha opinião, não é a mais surpreendente. Por isso, decidimos dirigir mais um pouco e ir até a cidade de Willians, que fica 1 hora de distância do Parque Nacional do Grand Canyon (entrada sul) e 2h30 da cidade de Page, onde situa-se o Antelope Canyon, que também é sensacional.
Tem lugares que a gente simplesmente não acredita que existem em nosso Planeta, e o Antelope Canyon é um destes. Foi lá que o fotógrafo australiano Peter Lik tirou a suposta foto mais cara do mundo, comercializada pelo valor de US$ 6,5 milhões (há suspeita de que possa ter havido uma fraude nessa venda, mas isso não vem ao caso).
O Antelope Canyon fica numa região protegida por índios navajos e tem duas formações separadas, a parte superior, que é mais turística e movimentada, e a parte inferior. Fomos na parte inferior e foi supreendentemente fascinante. É recomendável reservar o tour com antecedência, pois são somente duas empresas que trabalham na parte inferior (Ken’s Tour e Dixie Ellis).
Parque Nacional de Yosemite
Em Yosemite, dirigir com cuidado é a principal regra do parque, porque as paisagens são tão incríveis e dá vontade de tirar fotos a todo momento. Além disso, no verão, você pode cruzar com um urso pelo caminho e no inverno é preciso usar correntes no pneu por causa da neve na pista. Se dirigir na neve, para nós pasileiros, já é uma experiência e tanto, imaginem usar correntes no pneu?! Eu diria que é bastante desconfortável, ainda mais com carros alugados. A gente sempre fica com receio se colocou a corrente direito, pois o carro sacode bastante.
Pelo menos, enquanto estávamos lá, não estava nevando e o sol contribuiu para deixar o dia lindo, mesmo com neve na pista. O único inconveniente do inverno é que algumas partes do parque ficam fechadas e são abertas somente no verão, por causa do perigo com a neve. Mas, em compensação, a paisagem panquinha com as montanhas e as enormes rochas de Yosemite são espetaculares!
Dava uma vontade louca de pincar na neve, não é à toa que vimos bonecos de neve para todos os lados. O parque cope uma área de 3.081 km², estando a sua altitude compreendida entre os 600 e os 4.000 metros. Além disso, conta com de mais de 160 plantas raras, solos únicos e diferentes formações geológicas.
Uma das vistas mais fotográfadas do Parque é no local chamado Tunel View (Vista do Túnel). Após passar por um túnel cortando uma grande montanha, a saída é de tirar o folêgo. Com a pomposa rocha conhecida como “El Captain” ao fundo, este cenário é um daqueles planos de fundo de computador que a gente olha quando está trabalhando, e pensa “Queria estar num lugar destes”.
Assim como o Grand Canyon, o parque oferece acomodações, camping e restaurantes lá dentro. Há, também, várias opções de hoteis nas proximidades. O parque tem várias entradas, a a maioria das pessoas que vão vistá-lo ficam nas cidades de Mariposa ou Oakhurst. O Parque Nacional de Yosemite fica apenas 3 horas de carro de São Francisco.
Parque Nacional das Sequoias
Criado em 1980, o “Sequoia National Park” é o segundo parque nacional mais antigo dos EUA. O Parque guarda algumas das maiores e mais antigas árvores do Planeta. Elas são gigantes!
O parque fica à 2 horas de Yosemite ou 3 horas de Los Angeles, e atrai mais de 1,5 milhão de visitantes por ano.
As sequóias gigantes impressionam e deixam qualquer pessoa se sentir uma formiguinha perto delas. Sua principal atração é a General Sherman, a sequoia mais alta do mundo. A árvore tem 83 metros de altura e tronco com 33 m de circunferência na base.
Eu nunca imaginei que conseguiria entrar no tronco de uma árvore, mas com estas árvores gigantes até isso é possível. Na trilha das Grandes Sequoias, vimos troncos tão grandes que formavam quase como uma caverna em sua base e cabiam 5 ou 6 pessoas lá dentro.
No inverno, com o as árvores cobertas pela neve, o parque fica ainda mais bonito. No entanto, é preciso tomar cuidado, além das correntes nos pneus, quando está caminhando pelas trilhas a neve pode chegar a mais de 1 metro de altura. Qualquer passo em falso e você pode acabar literalmente afundando na neve.
Vale também dizer que o clima dentro do parque muda bastante. Para chegar na chamada Floresta das Grandes Sequoias, é preciso pegar uma estrada sinuosa que vai subindo a montanha. O ganho de altitude faz com que o clima no portão de entrada não seja necessariamente o mesmo que vai encontrar lá em cima.
Uma última dica é a visita ao Museu dentro do parque. É bastante interessante e legal para ensinar as crianças sope a importância da preservação dessas sequoias.
Na nossa correria pelos estados da Califórnia e Arizona, conhecemos apenas uma parte desses parques que são enormes, mas foi o suficiente para ficar com vontade de quero mais. Esses lugares são muito diferentes dependendo da estação do ano.
Para finalizar, uma dica: da próxima vez que for aos Estados Unidos, na costa oeste, troque os dias de outlet por um passeio em um desses parques. Troque as sacolas por fotos incríveis. Ao invés de terminar o dia com peso na consciência e cansado, estará mais leve, feliz e maravilhado. Pode confiar!
Acompanhe nossa aventura também pelo:
Facebook:
https://www.facebook.com/historiaspmundo
Instagram:
Historiaspelomundo