Rumo ao Cabo da Boa Esperança
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In África

Rumo ao Cabo da Boa Esperança

Aproveitamos que estávamos com carro por alguns dias e descemos a costa da Cidade do Cabo rumo ao famoso Cabo da Boa Esperança. É possível contratar tours específicos que levam até o local, mas de carro você tem mais liberdade de aproveitar as atrações ao longo do caminho.

 

Não deu tempo de parar em todas as cidades que a gente gostaria, mas só de passear pela costa já valeu a pena. A região de Muizenberg é conhecida pelas suas ondas, paraíso para os surfistas. Vimos várias escolas de surf nas ruas, além de jovens e crianças com suas pranchas  no mar. St. James é a praia das casinhas coloridas que ficam na areia. Mais do que um simples guarda sol, você pode alugar uma pequena casinha na beira do mar para passar o dia. Chique, né?  Kalk Bay é uma praia badaladinha com uma pequena faixa de areia e com diversas opções de restaurantes e bares ao redor.

Simons Town vale uma paradinha. Nós paramos lá para ver os pinguins de Boulders Beach. A região é propriedade da Table Mountain National Park, então é preciso pagar para entrar e para tirar fotos com os pinguins ou até nadar com eles (US$ 6 por pessoa). A praia é pequena, fica entre as rochas, e o mar é mais tranquilo neste pedaço. Dependendo da hora, dá para encontrar os pinguins nadando do seu lado. Mas só de passear do lado de fora do parque nós já encontramos vários pinguins curtindo a sombrinha das árvores no caminho. São animais tranquilos e ficavam posando para nossas fotos.

Uma dica: de Cape Town até Simons Town é possível pegar um trem super baratinho (US$ 3 ida e volta) e descer em qualquer uma das praias que citei acima. Fizemos isso em outro dia da viagem e valeu a pena. Nunca vi um trem passar tão pertinho do mar; chega a ser perigoso com a maré alta. Mas para seguir até o Cabo da Boa Esperança é melhor ir de carro; o trem não chega até lá.

O Cabo da Boa Esperança fica dentro de um parque nacional gigante; não rola ir a pé. O ingresso custa cerca de US$ 11 por pessoa. Algumas pessoas encaram ir de bicicleta, mas é preciso ficar atento com os vários babuínos que tem no parque. Eles podem roubar sua mochila achando que tem comida. Tem várias placas no parque dizendo para tomar cuidado e não alimentá-los de jeito nenhum. Com o carro, paramos umas 3 vezes para um babuíno atravessar a rua!

Chegar no Cabo da Boa Esperança me lembrou das aulas de história no colegial. Recordando um pouquinho: o Cabo foi descoberto em 1487 por Bartolomeu Dias e era chamado de Cabo das Tormentas pelo mar agitado e violentas tempestades que assustavam os navegadores. Dez anos depois, Vasco da Gama seguiu viagem descobrindo a rota para a Índia e, assim, o primeiro império marítimo europeu estava fundado. A descoberta da rota tão desejada e importante para expansão do comércio fez com que o nome fosse substituído para Cabo da Boa Esperança.

Para chegar próximo aos 2 faróis que marcaram a história é necessária uma pequena caminhada subindo a montanha. Não seria tão difícil se não fosse o sol de rachar que estava fazendo. Haja protetor solar!

A parte boa é que a infraestrutura do parque ajuda; é possível subir a montanha de funicular (por uma taxa a mais), e tem acesso especial para cadeirantes. Bacana encontrar o caminho adaptado para cadeirantes também poderem usufruir da vista lá de cima.  Descendo a montanha e passando por uma trilha, é possível chegar próximo ao mar e encontrar o local denominado Cabo da Boa Esperança, onde tem a famosa placa que todos costumam tirar fotos. Mas se estiver cansado para fazer a trilha, como nós estávamos, tem acesso de carro por uma pequena estrada.

O parque também oferece outras atrações; a lista é enorme. Tem moutain bike, caminhadas com guias, áreas específicas para pique nique, paragliding, surfe, windsurfe, kite boarding, scuba diving, cavalgadas, escalada, trilhas, além de restaurantes e hotéis para quem quer passar uma noite por lá. Para a maioria dessas atividades eles aconselham reservar com antecedência.

Optamos por só visitar os pontos mais turísticos no parque, pois nossa intenção era curtir o caminho pela costa. Muita gente deve ter tido essa mesma ideia, porque na volta pegamos um trânsito intenso para voltar para Cidade do Cabo.

Foi um dia agitado, mal paramos para comer e pegamos um baita transito na volta, mas deu para pegar um belo bronzeado e as fotos ficaram lindas. Só ficou faltando um mergulho no mar, que acabou não dando tempo, mas tudo bem porque ainda teremos muitas praias pelo caminho.

 

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