Andando pelos bairros de Tóquio
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Andando pelos bairros de Tóquio

Primeiro dia em Tóquio e não sabíamos por onde começar de tantas coisas para fazer. Locomoção é fácil, mas é um absurdo de opções.

De repente, nos deparamos com 4 mapas diferentes: do trem, do metro, de uma linha chamada Toei e do ônibus. Seja qual for o destino, há, pelo menos, por volta de 5 formas diferentes de chegar.

Vale a pena comprar os passes diários (day pass) de metrô, trem ou um que você pode usar em qualquer tipo de transporte. No primeiro dia, achamos que tínhamos comprado o passe válido para todos os transportes e descobrimos que o que compramos era válido somente para algumas linhas de metrô.

No final deu certo porque são tantas as opções para chegar em determinado local, que demos um jeitinho de ir onde queríamos. Isto é comum acontecer, porque em algumas estações de metrô ou trem tudo está escrito em japonês, sem tradução para o inglês, inclusive nas máquinas para comprar os tickets. Mas isso não é um grande problema porque o povo japonês é muito simpático e gosta de ajudar. Era muito comum alguém oferecer ajuda quando percebia que nós estávamos perdidos nas estações.

 A maioria dos guias da cidade são organizados por bairros ou distritos, apresentando suas características e diversos locais para visitar. Então, resolvemos simplesmente aproveitar o que cada região tinha a oferecer.

Ginza é o bairro das lojas de grifes e diversos restaurantes. Gostoso de passear pelas suas ruas movimentadas, mesmo que não seja para fazer compras, como no nosso caso. Lá perto almoçamos no Tsukiji Fish Market, que tem várias opções de frutos do mar e peixes bem fresquinhos. Em uma noite em Ginza fomos em um restaurante típico japonês escondido em uma pequena viela. Por indicação de amigos brasileiros em comum, conhecemos um casal de japoneses, muito simpáticos, que nos levou lá. Para fechar a noite, um drink no terraço de um bar de jazz super tranquilo e intimista no meio da agitada cidade.

O distrito de Akihabara é famoso por ser o lugar em que você encontra qualquer tipo de equipamento eletrônico. Tem lojas gigantes, de mais de 8 andares, cada um especializado em um tipo de equipamento.

Enquanto o Mau se divertia na sessão de fotografia, eu fui passear no andar de eletrodomésticos. Tem de tudo e para todos os gostos e necessidades: liquidificador, batedeira, tostadeira, forno, robô aspirador de pó, sendo que cada um desses itens tinha mais de 20 modelos diferentes. Na sessão de câmeras, tinha até telescópio.

É possível encontrar os mais variados tipos de drones, televisões com imagens quase reais de tão nítidas, todos os últimos lançamentos de laptops e celulares, impressoras em 3D, videogames, robôs etc.

Gostamos de caminhar na região do Ueno parque. É um pouco mais tranquila, mas ainda assim tem boas opções de restaurantes e cafés. Além disso, fica perto do Tokyo Skytree, um observatório que nos dias abertos de sol é possível enxergar até o Monte Fuji de lá.

Shinjuku é o principal centro comercial e administrativo da cidade, onde fica a estação de trem mais movimentada do mundo (Shinjuku Station) e também o “Tokyo Metropolitan Government Building”, centro administrativo do governo de Tóquio. Este prédio conta com um observatório gratuito, com uma ótima vista de toda a cidade.

Ryogoku é o bairro das academias de sumo e também onde fica o maior estádio de sumo do mundo. No período em que estávamos lá, ocorria um grande campeonato. O Mau teve que acordar às 4h30 da manhã para conseguir o ingresso. Mesmo assim, valeu muito a pena porque ele adorou conhecer de perto este esporte tão típico do Japão.

Enquanto o Mau foi assistir o Campeonato de Sumo, fui me divertir no Tokyo DisneySea, que fica em Urayasu, Chiba (cerca de 30 minutos de Tóquio). O complexo da Disney no Japão tem 2 parques (Disneyland e DisneySea), vários resorts e até um shopping.

Escolhi o DisneySea porque a maioria de seus brinquedos são exclusivos e só tem no Japão.  O parque explora os enredos que envolvem água e o oceano. O castelo principal do parque é o da Pequena Sereia, em uma área incrível imitando o fundo do mar.

Além disso, é possível encontrar atrações relacionadas aos filmes: Viagem ao Centro da Terra, 20.000 Léguas Submarinas, Indiana Jones e a Caveira de Cristal, entre outros.  O DisneySea foi o parque temático mais rápido no mundo a atingir a marca de 10 milhões de visitantes, fazendo isto em 307 dias após sua abertura. Não é para menos. O parque estava cheio, mas mesmo assim deu para aproveitar bastante graças ao “fast pass” (uma forma de aproveitar os brinquedos com horário marcado), disponível na maioria das atrações.

E para finalizar, o badalado bairro de Shibuya, que atrai principalmente o povo jovem que quer curtir a noite com os amigos.  O cruzamento principal da região é incrível. É uma multidão atravessando a rua por todos os lados toda a vez que o semáforo abre. É tão inusitado que tem gente que atravessa a rua filmando o seu redor, e ainda tem aqueles que param no meio da rua para fazer seu selfie. 

Pode até parecer um caos de gente, mas é tranquilo andar por lá. Não vimos confusão ou empurra empurra, pois cada um segue seu caminho.  São tantas lojas, bares e restaurantes, que Shibuya lembra a Times Square nova-iorquina, na sua versão asiática.

Tóquio se revelou uma cidade muito fácil de se aproveitar; basta pegar o metro e explorar o que os bairros tem a oferecer. O único ponto negativo para mim é que Tóquio é uma cidade moderna e internacionalizada, sendo que não dá para vivenciar a cultura japonesa mais tradicional. Mas nada que uma passagem de trem para algumas das cidades vizinhas não resolva!

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